Eis eu aqui novamente
nesse mesmo lugar,
com esse mesmo script
as palavras estão versadas
com fonética amena
com sotaque quase nenhum.
A semântica tonta vagueia
pelo recinto.
Eis eu aqui novamente...
Tudo é cíclico e dinâmico...
A medonha força motriz que
move tudo para o mesmíssimo lugar.
Posições mudam a toda hora.
Cadeiras rodopiam e o céu
embala tudo de azul chuvoso.
Sua mão me diz
as mesmas coisas.
O seu corpo regorgita
as mesmas reações.
Suas feições embora envelhecidas
recitam ainda
os mesmos poemas.
Sem rima e nem lirismo.
São poemas de deserto.
Que sobrevivem por teimosia
ou por simples natureza.
Eis aqui novamente essa fauna,
nessa selvageria civilizada
de dizer coisas, de dar coisas e
de lembrar nas entrelinhas
as reticências
partidas pela saudade.
Eis aqui tudo novamente.
Sua ausência.
Sua carência absurda
de bom senso.
A súbita falta de notícias.
Sem cartas. Sem avisos.
A ruptura da chibata e o
afeto instantâneo
de macho dominador.
Percebo o quão igual tudo é.
Entristeço.
O previsível é massante.
E vou embora com um abraço.
E quase um beijo...
uma promessa imaterial
que jamais se cumprirá...
Entro na minha carruagem
blindada com medo das pedras,
dos tiros ou das incertezas
do caminho.
Peço que sigam pelo atalho
Mas ele me lembra que a reta
pérfuro-contundente que é
sabe o que vem depois...
sente o que vem depois...
E, pior foi constatar...
e fingir que isso é normal.
Ou pelo menos natural.
Quero ir além
desse eterno retorno
do tempo envelhecido das faces.
além da vaidade óbvia dos decadentes
além da separação dos dentes,
além dos rangidos,
dos grunidos...
e seus significados secretos.
Além do animal que há em mim.
Quero ilhar-me na alma.
E, ter certeza
que no torvelinho
foram moídos todos os sentimentos
e com os cacos
eu refaço a poesia.
nesse mesmo lugar,
com esse mesmo script
as palavras estão versadas
com fonética amena
com sotaque quase nenhum.
A semântica tonta vagueia
pelo recinto.
Eis eu aqui novamente...
Tudo é cíclico e dinâmico...
A medonha força motriz que
move tudo para o mesmíssimo lugar.
Posições mudam a toda hora.
Cadeiras rodopiam e o céu
embala tudo de azul chuvoso.
Sua mão me diz
as mesmas coisas.
O seu corpo regorgita
as mesmas reações.
Suas feições embora envelhecidas
recitam ainda
os mesmos poemas.
Sem rima e nem lirismo.
São poemas de deserto.
Que sobrevivem por teimosia
ou por simples natureza.
Eis aqui novamente essa fauna,
nessa selvageria civilizada
de dizer coisas, de dar coisas e
de lembrar nas entrelinhas
as reticências
partidas pela saudade.
Eis aqui tudo novamente.
Sua ausência.
Sua carência absurda
de bom senso.
A súbita falta de notícias.
Sem cartas. Sem avisos.
A ruptura da chibata e o
afeto instantâneo
de macho dominador.
Percebo o quão igual tudo é.
Entristeço.
O previsível é massante.
E vou embora com um abraço.
E quase um beijo...
uma promessa imaterial
que jamais se cumprirá...
Entro na minha carruagem
blindada com medo das pedras,
dos tiros ou das incertezas
do caminho.
Peço que sigam pelo atalho
Mas ele me lembra que a reta
pérfuro-contundente que é
sabe o que vem depois...
sente o que vem depois...
E, pior foi constatar...
e fingir que isso é normal.
Ou pelo menos natural.
Quero ir além
desse eterno retorno
do tempo envelhecido das faces.
além da vaidade óbvia dos decadentes
além da separação dos dentes,
além dos rangidos,
dos grunidos...
e seus significados secretos.
Além do animal que há em mim.
Quero ilhar-me na alma.
E, ter certeza
que no torvelinho
foram moídos todos os sentimentos
e com os cacos
eu refaço a poesia.