Nada mais espero...
Na madrugada fria e silenciosa
Revejo minha vida inteiramente
Percebo ao final, que nada vivi
Nada realizei que valesse a minha existência.
Não vivi amores inebriantes e inesquecíveis
Não escalei montanhas, nem desafiei as ondas de um mar bravio
Percebo que sempre segui as regras e me mantive sempre nos trilhos
Tudo irritantemente certinho, conforme o manual.
Hoje percebo ao envelhecer que perdi, não vivi...
Não me emocionei, não chorei, não conheci a felicidade
A vida passou e não aproveitei nada...
Nada, nada, nada, nada...
Vejo que o relógio do tempo não volta...
O que não foi curtido, vivido, já passou...
É passado, acabou, morreu...
Enfim...
Morri sem viver!