POEMA DE NATAL
É natal.
Os anjos não desceram do céu,
As crianças continuam com fome,
Mas um menino nasceu.
É natal.
Não há estrela para guiar,
As crianças não ganharão presentes,
E o menino foi posto em uma manjedoura.
É natal.
Os reis esqueceram o ouro, o incenso e a mirra,
As crianças só escutaram a história de um bom velhinho,
E o menino cresceu em tamanho, ciência e sabedoria.
É natal.
Os primogênitos foram mortos, para que morresse o rei,
As crianças se entregaram às armas e às guerras,
E o menino multiplicou pães e peixes.
É natal.
A cabeça do profeta foi entregue sobre uma bandeja,
As crianças se doparam e ganharam a rua,
E o menino anunciou a chegada de quatro cavaleiros.
É natal.
O povo em coro libertou os malfeitores,
As crianças crucificaram e coroaram com espinhos a fronte do menino,
E o sangue e as lágrimas forjaram uma aliança.
É natal.
E tem sido natal desde o início dos tempos,
Mas hoje as crianças, estes loucos que perderam o encanto,
Afastaram do sepulcro a pedra e enrolaram o menino num manto.