Crueldade ilógica.

Crueldade ilógica.

Um destino cruel.

Entendido apenas.

Por uma ilusão.

Metafórica.

Isósceles.

Sei o quanto.

O instinto aprisiona.

A razão.

Fazendo da mesma.

O próprio domínio.

Transformando.

O cotidiano.

Em tragédia.

Não é naturalmente.

O mundo ideológico.

Nem mesmo a natureza.

Especificamente humana.

Algo maior.

Que a vontade divina.

Indelevelmente.

Apenas o descontrole.

Da desproporcionalidade.

Os deuses são tão frágeis.

Sem nenhuma razão de ser.

O mundo regula-se.

Por uma lógica.

Sem leis naturais.

Ou a total inexatidão delas.

Mas o preço a pagar.

Peremptoriamente estrondoso.

Coitado daquele que foi vitimado.

Mas é entendido.

Como fonte da liberdade.

Um mundo de explicações.

Insignificantes.

O que é preciso dizer.

E negar itinerariamente.

Irrefrangível a cada instante.

É exatamente esse o mundo.

Uma vez definido as significações.

Mundos distantes.

As complexidades.

Das ideologias indecifráveis.

Coitado das destinações.

Entendo as indefinições.

As impossibilidades dos saberes.

Não laudáveis as legacias comuns.

O que deveria dizer.

O que relato a cada letra.

Da interpretação inexaurível descrita.

Mas quem sou eu.

Apenas perceptivelmente.

Um silêncio profundo.

A história do entendimento.

Nenhuma outra etimologia.

Descreve-se ao entendimento.

À custa de lágrimas.

Peroração epistemológica.

O preço é muito alto.

Para cada significação.

Nunca imaginei que tivesse.

Que descrever essa paginação.

Mundo miúdo.

De um olhar relâmpago.

A pervicácia do destino comum.

Escolheria se pudesse.

A não existência.

Já que cada passo é uma sombra.

De uma ilusão fictícia.

Entendo tudo isso.

Mas não deveria ser.

Não poderia a realização.

A lógica do princípio é errada.

Mas o instinto predominará sempre.

Mesmo que o mundo mude.

Que formulem outras ideologias.

Mas a questão fundamental.

Não se descreve com tais leis.

Pertransidas as solicitudes intuitivas.

Perscrutou a persecução.

O mundo poderia ser exatamente outro.

O que certamente não constituiria.

Em segredos e continuidades.

Fantasias e negações reais.

Sombras de uma essencialidade.

Sem prescrição descerráveis.

Nunca imaginei nada.

Além da persuasão quiça não cabível.

Uma onda do tempo.

Ventilação da ausência do presente.

Contra senso a lógica.

A realização da magnitude.

Dos sinais idiossincráticos.

Quem são eles.

O indesejado momento.

Das sombras que serão tenebrosas.

Eternamente.

Como um olhar tristonho de uma criança.

Perdida na imensidão de um ponto.

Essencialmente insignificante.

Sem definição aparente.

Pesado igual a uma nuvem.

Carregada de águas.

Ela virá com a finalidade.

De escorrer e acabar.

Definitivamente.

Como se antes não tivesse sequer.

Existido esse mundo cruel e triste.

Mesmo sendo feito.

De alegrias metafóricas.

Edjar Dias de Vasconcelos.