ENIGMAS DE UMA VIDA
Pela audácia de um dia nascer,
Feliz se achou e com essa ousadia,
Sonhando alto não pôde prever
A triste sorte que ao mundo trazia.
Feliz se achou e com essa ousadia
Não lhe fez falta um rústico manto,
A triste sorte que ao mundo trazia
Ninguém sabia, nem ele, no entanto.
Não lhe fez falta um rústico manto
Porque amor e carinho ele tinha,
Ninguém sabia, nem ele, no entanto
Que sua sina seria mesquinha.
Porque amor e carinho ele tinha,
Feliz da vida não houve suspeita
Que sua sina seria mesquinha,
Infelizmente ela estava de espreita.
Feliz da vida não houve suspeita
Que ali por perto a má sorte rondava,
Infelizmente ela estava de espreita
Para roubar-lhe o prazer que gozava.
Que ali por perto a má sorte rondava,
Não lhe contou nem tampouco a lua,
Para roubar-lhe o prazer que gozava
E o deixar longe da imagem sua.
Não lhe contou nem tampouco a lua,
Vagando triste e culpando a si
De o deixar longe da imagem sua,
Para esconder-se distante dali.
Vagando triste e culpando a si,
Foi-se a lua entre as nuvens dos céus,
Para esconder-se distante dali,
Porém coberta com seus negros véus.
Foi-se a lua entre as nuvens dos céus
Presa em seu quarto, por ter sido omissa,
Porém coberta com seus negros véus
Até que um dia se faça justiça.
Presa em seu quarto, por ter sido omissa,
Do alto manda chover sobre a terra
Até que um dia se faça justiça
E cão e gato não queiram mais guerra.
Do alto manda chover sobre a terra,
Em meio ao pranto um pedido nos faz,
Que cão e gato não queiram mais guerra,
Pois desejamos um mundo de paz.
Em meio ao pranto um pedido nos faz
De leste a oeste, de norte a sul,
Pois desejamos um mundo de paz,
Cá neste nosso planeta azul.
De leste a oeste, de norte a sul,
Todo vivente terá de morrer
Cá neste nosso planeta azul,
Pela audácia de um dia nascer.