Mandracidade

Há bem prazer,

Um dia me apropriei da verdade. Mandei,

Foi como fazer, deixar de crer;

Então quais valores eu agreguei?

A mentira,

Minha forma de semi-vida. Quão um ato de ilusão, ou alusão?

Original que se retira,

Doída forma de decepção.

Negação a assumir responsabilidade,

Fuga de minha própria natureza, sentimento humano.

Ignorar a realidade,

Compactuo com viver mundano.

Todo fardo vem para libertar,

Enfrentar os encargos do destino,

A força de ousar

Presenciar as sombras, que vivem em cada homem.

Um sussurro.

Como lapso, engrenagem de impulso;

Um dizer falso, tal qual murmuro

Sensação, pensar confuso.

Coragem,

Que constrói caráter. Molda ética,

Passagem do sereno amanhecer

Nos livra ou livrarar-nos da covardia cética

Que no futuro moralmente,

Virá a nós delegar.

Afinal,

Cada luta combatente pode ser expressiva,

Carregar uma cruz é arte banal,

Porém, doravante essa reta sina decisiva.

Earhuon
Enviado por Earhuon em 12/12/2013
Código do texto: T4609080
Classificação de conteúdo: seguro