ANONIMATO

Sinto-me confuso numa extrema escuridão

Como se permanecesse preso numa redoma

Ou encarcerado no crepúsculo da imensidão...

Um cativo do ocaso, assim de olhos cavados

E aprisionados no lusco-fusco sem amplitude

Diáfanos, puros, porém oclusos e sobrestados...

Esbulhados meus passos se perdem no andar

Seguindo aos tropeços, e sem saber se mereço

Reflito esgotado das trevas, sem o sol e o mar...

Adotando as quimeras de aglomeradas viagens

Que navegam meu ser sem ansiar meu desejo

Na obscuridade da lucidez, utópicas miragens...

Num planeta sem luz, num atalho sem plano

Como se as noites e os dias fossem análogos

Enfim... Entorpeço-me no obelisco do engano!

Autor: Valter Pio dos Santos

11/Dez/2013

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2020
Código do texto: T4607732
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