A Revelação dos Últimos Sinais.
A Revelação dos Últimos Sinais.
Ando no deserto
Solitariamente.
Meu mundo é todo.
Incerto.
Minha lógica.
Não tem razão.
Estou certo.
Ou errado.
A vida.
É toda perdida.
Inexaurivelmente.
Sei que não devo.
Ser.
Gaseificado.
Na minha vida.
Tudo é incerteza.
Até mesmo a certeza.
Sem mimologia.
Não importa.
A ideologia.
O mundo é mesmo.
Distante.
Sei que a mentira.
Nos completa.
Pode até mesmo.
Ser a ilusão.
Da vossa fantasia.
Sem palurdice.
Acho tudo isso.
Interessante.
Mas pode ter certeza.
Que o escuro é soberano.
Sou de outro mundo.
Inexistente.
Exatamente.
Por esse motivo não sou.
Você pode até não entender.
Tive que mentir.
Para poder viver.
O mundo não é lógico.
Você teve que enganar.
Para poder.
Não ficar delírica.
Sei que vai gostar.
Mas sentirá medo.
A vida é a repetição.
Somos os sinais.
Dela.
Os passos são diversos.
Os códigos.
De guerra.
Fazem as diferenças.
Eu te ensino.
Mas sou todo incerto.
Indefinido.
Parcelado.
Sei que nada disso.
Encanta a alma.
Sou a perdição.
Da minha própria.
Essência.
Sei que devo recomeçar.
Mas não sou da vossa tribo.
Apesar desse entendimento.
Venho de outro clã.
Talvez pudesse.
Ter outra significação.
Não sei se entende.
A minha fala.
Desejo lhe confessar.
Sem ferir a ordem.
A vida é toda incorreta.
Mesmo quando é certa.
Entenda.
Sou idiossincrásico.
Mas tudo relevo.
Os sinais.
Não são objetivos.
Sei de um grande segredo.
Mas você não tem.
Estrutura psicológica.
Para saber a verdade dele.
Nem mesmo Nietzsche teve.
Shopenhauer apenas.
Pequena percepção.
Uma grande revelação.
Mas não posso dizer.
O meu medo é não ser.
A lógica da sombra.
Tenho outra perspectiva.
A caverna é mais profunda.
Ela não é exatamente.
Platônica.
Mas o que revelo.
Não tem fundamento.
O mundo é atípico.
Eu sou mais ainda.
Ilícito é vosso mundo.
Ilídimo o seu desejo.
Ínclito o seu olhar.
Litófilo o meu caminhar.
Que mundo é esse.
Quais são suas diferenças.
O sonho indesejado.
O apegado à fantasia.
De um tempo imemoriável.
Ao destino comum.
Da destinação,
De vossa escolha.
Eternamente.
A sua intuição.
Imprescindível a vossa ação.
Indelével.
A única revelação.
Os últimos sinais.
São as prerrogativas do silêncio.
Do meu coração.
Edjar Dias de Vasconcelos