O Surdo
SURDO
Jorge Linhaça
Arandú, 18/07/05
Não ouço mais os lamentos
De um povo abandonado
Não tenho mais sentimentos
Me chamam de desalmado
Não ouço o choro dos aflitos
Nem das viúvas ouço o pranto
Não me importam os conflitos
Só quero lucrar outro tanto
Não me comove o sofrimento
Nem a dor da fome do povo
Só me importa o meu intento
De ser por eles eleito de novo