Tocar o infinito
Um sonho, um pesadelo...
Talvez as duas coisas juntas
ou um mero devaneio.
Uma recordação,
uma lembrança...
Um revival do mero acaso.
Estaria eu nesses confins
da memória?
Estou sim.
Assim é minha vida,
permeada de lances e relances
de soslaio.
Como coadjuvante.
Como figura de fundo
à grande epopeia
que se descortina
no real.
E o que é o real?
Não saberia dizer,
vivo na ilusão.
Só sei que seria
hoje o ontem derramado
no amanhã
Caso eu pudesse
sem querer
tocar o infinito...