Eterna Repetição dos Sinais.
O vazio do mundo.
O mundo.
É um imenso vazio.
Sem sinal.
Sem propósito.
Sem ideologia.
Sem significação.
Sem moral.
Sem ética.
O cosmo é apenas.
O infinito azulado.
Cheio de materialidades.
Distantes.
O mundo é.
A movimentação.
Das suas materialidades.
Imaginar o mundo.
Diferente.
Das suas irrealidades.
É como não imaginar.
A indiscrição.
Da imensidão.
Do nada.
O mundo.
Eternamente.
Fica brincando.
De repetir-se.
Tudo que existe.
É apenas a repetição.
Mas não existe.
Uma única razão.
Para o mundo.
Ser ou não ser.
Do mesmo modo.
Cada pessoa.
O mundo repete-se.
Até esgotar a repetição.
E cada ato.
Repetitivo.
Corresponde.
Os décimos de segundos.
Aos próprios atos.
Sei dizer e entender.
Essa mecanicidade.
O mundo é esse indelével.
Procedimento.
Eterno.
Até a exaustão.
Da natureza.
Da própria substância.
Do mundo.
Cada um de nós.
Não tem a mínima.
Importância para o mundo.
Muito menos para os demais.
Seres.
Que virão do próprio mundo.
É o fenômeno da nidificação.
Do mundo.
De cada ser que está no mundo.
É a ilusão da sombra do mundo.
E da nossa ficção de ser do mundo.
Edjar Dias de Vasconcelos.