Ode à Insônia

Despertarei cansado…
Não vou nem despertar!
Como sequer me incomodo
Sem nem o sono vou conciliar?

Ao fitar o nada na escuridão do quarto
Deitado retorno o olhar ao meu interior
Esquecendo do dia todo até o labor
Imerso na imensidão do meu eu abstrato

A pobre noite antes plena de monotonia
Em reflexão agora se revela oportuna
Onde havia a perda quiçá haverá fortuna
Aquisição possível de inestimável sabedoria

Despertarei como os sábios?
Tolo sei que não vou levantar!
Afinal a insônia muda de lábios…
Foi proveitosa para nela meditar