INSONIA

Luz acesa e o silêncio.

Silêncio que inspira,

Tira de dentro a ira

Para em versos me calar.

Calando os calos da vida,

Escrevo para ela melhorar.

E passeando pela insônia

Súbita, sombria e sossegada,

Sinto flutuarem fluxos fortes,

Flamejantes a ditar.

Ditam dizeres brônzeos, brancos,

Bradam o azul do mar.

No entanto, não sou poeta.

Escrevo para o sono chegar.

Raquel Fadel
Enviado por Raquel Fadel em 04/12/2013
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