O novo ser que somos.

O novo ser que somos.

Nas mentiras nos agarramos.

Os robores que criamos.

O face book que criamos.

Dessas redes participamos.

São ensaios de libertação.

Pensando serem soluções.

Que medo é esse de se perder?

O sentimento de lembrança é secundário.

Tudo tem que ficar registrado:

Nas páginas dos jornais,

Na tela do computador,

Tablete e no smartfone,

Na máquina fotográfica digital,

No face book.

Ate o por do sol não tem sua intimidade,

Sente se nu diante de tantos olhares desinteressados,

Pois o registro é imediato.

O que está acontecendo?

Tudo parece estar perdendo o sentido.

Tão rápido aparece e some.

O homem cupido

Já não quer ser amigo.

O que parece eterno,

No mesmo instante

É o pipoco de uma bolha.

O valor é quantificado.

Além desse é pouco tal existência.

O amor some.

A dor fica.

A felicidade some.

A cólera fica.

O vazio fica.

A depressão também.

A realidade permanece.

O nada tem existência.

Os fatos são negligências.

Paciência poucos tem.

Até o cão que late choroso incomoda.

O ô de casa de pobre pedindo esmolas, também!

Os meninos, moleques que corria na rua

“vai trabalha bando de peste”! Assim grita seus vizinhos.

O baque do tapa seco no sensível rosto que Deus criara,

Arrancava soluços de chorosos.

Sem defesa nenhuma,

Tudo isso e muito mais existe,

Só se assuste se for ao espanto de solucionar!

De gritar por ajuda!

O deboche ninguém merece.

Que armas que nos traz segurança?

GamaLuciano
Enviado por GamaLuciano em 04/12/2013
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