Dragões
Dragões negros desenhavam-se na noite escura
O vento frio franzia as poças de água
Olhava pela janela emoldurada
Assentada em minha escrivaninha de nogueira escura
Onde empilhava livros abertos
E por prevês momentos a mente vagou buscando
A lembrança de seu rosto
Queria entender o adeus sem ponto
As reticências do silencio
A lacuna da solidão
Os gestos brutos sem significados
A indiferença sem palavras...
Sentimentos perdidos no espaço
O tempo convidava a reflexão...
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira