DE REALIDADES NEM TANTO ABSURDAS
Mar de tão violento pensar,
por que criaste as procelas
e os ventos ...por que naufra
gaste meu tempo de ti navegar...?
Por que me arrancaste de teu
primitivo ventre ?
Vento, escarnecedor mor de papéis
e gravetos...como pudeste expulsar
meus sonhos de papel crepon por
pura exibição bufa...? ]
Como ousaste soprar minha alegria
para bem longe dos olhos que
me seguiam...?
Terra, planeta imundo
por que tomaste do urubu
a gloriosa missão de me
consumir..por que transformaste
minhas carnes em sementes
daninhas...?
Mundo,mondo sinistro
mondo cane...por que
quebraste minhas hastes
com tuas garras sinistras...?
Vida como te acumpliciaste
com esses deletérios para
fazer-me mal...por que
afanaste meus amores
prediletos para ofertares
a teus prosélitos preferidos...
mas infectos...!?
Revoltado me verso
contra todos e tudo...
Contra esses malditos
que me fizeram gozar
de um prazer envenenado...
Quis amores platônicos,
me deram sobejos
de surubas...
restos de sobras...!