DE REALIDADES NEM TANTO ABSURDAS

Mar de tão violento pensar,

por que criaste as procelas

e os ventos ...por que naufra

gaste meu tempo de ti navegar...?

Por que me arrancaste de teu

primitivo ventre ?

Vento, escarnecedor mor de papéis

e gravetos...como pudeste expulsar

meus sonhos de papel crepon por

pura exibição bufa...? ]

Como ousaste soprar minha alegria

para bem longe dos olhos que

me seguiam...?

Terra, planeta imundo

por que tomaste do urubu

a gloriosa missão de me

consumir..por que transformaste

minhas carnes em sementes

daninhas...?

Mundo,mondo sinistro

mondo cane...por que

quebraste minhas hastes

com tuas garras sinistras...?

Vida como te acumpliciaste

com esses deletérios para

fazer-me mal...por que

afanaste meus amores

prediletos para ofertares

a teus prosélitos preferidos...

mas infectos...!?

Revoltado me verso

contra todos e tudo...

Contra esses malditos

que me fizeram gozar

de um prazer envenenado...

Quis amores platônicos,

me deram sobejos

de surubas...

restos de sobras...!

Alkas
Enviado por Alkas em 03/12/2013
Reeditado em 04/12/2013
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