A VERVE
A VERVE
Peço a Deus para que a verve
Nunca mais me abandone,
E que a memória conserve.
Pois nem sei tocar trombone.
Se eu soubesse tocar flauta,
Na certa me entreteria,
Cançonetas sempre em pauta,
Para manter a alegria.
Na tuba eu nem me atrevo
Me imaginar a tocar...
Meus ouvidos eu preservo,
Prefiro apenas cantar.
Por isso sento ao piano,
Vou dedilhando o teclado.
“Pois no palco abre-se o pano”...
Fico lembrando o passado.
Talvez uma cornetada
Eu conseguisse tocar,
Tua despedida saudada
Toda vez que viajar!...