Ser desconhecido, não tem preço
Talento e jeito são mãos na roda,
Para que o carro criativo ande;
O primeiro planta, o outro poda,
Antes do verso ocupar o estande;
Mediocridade sequer incomoda,
Se não tá de braços co’um grande...
Para formiga torrão é montanha,
qualquer pedra então, um himalaia;
Pequenez é melhor que a façanha,
Pois um Atlas precisa levar Gaia;
Entre fama e anonimato esse ganha,
Proveitoso como o U para a vaia...
Mas a fama enfeitiça qual Mefistos,
Pesa como chumbo a nula vaidade;
Duvidam que crucifique seus Cristos,
ela segue cobrando a bem da verdade;
fazem-se ridículos para serem vistos,
outro tanto depois, por privacidade...