CADEIA DA IGNORÂNCIA
Sem momentos lindos...
Cem vezes a mesma coisa
Jamais se teve tantos sonhos
Perambulando as noites
Que nada tinham a ver com isso...
As tristezas invadem as almas
A solidão estampa-se no olhar
Quase todos perdem a calma
E ficam quase sem falar.
O momento propiciou quase tudo
O mundo ficou meio ofuscado
De repente, alguém se toca
E vê o céu quase estrelado...
Já se ouve outros sons;
Aliás, a mesma coisa sempre,
Pois o mesmo ritmo
É quem dita as regras,
Onde os robôs saem pulando
Como fossem todos programados.
Alguém se esperneia
Dizendo que a coisa está feia
-Mas sua fala não ecoa-
Os outros estão numa boa
E ele continua na cadeia
Da ignorância posta a viver em sociedade.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.