O asilo.
Olhando para a face enrugada
Dos velhinhos desta vida
Podemos analisar e ver
Quanto sofreram na vida
As vezes me pergunto
Na juventude que tiveram
Foram bonitos, disputados
Hoje quase são jogados ao léu
Muitos vão para a casa de repouso
Outros vão para os asilos
Todos os dias são iguais
Recebendo os pobres velhinhos
Velhinhos que lutaram tanto
São ignorados pelos filhos
Dizem que estão sem tempo
Pra cuidar do pobre velhinho
Fico com muita dó
Quando vejo nossos ancestrais
Foram derrotados pela velhice
E os filhos não querem mais
Faces enrugadas, cabelos brancos
Andar miudinho, é oque são capazes
Cuidou de dez filhos sozinhos
Hoje os filhos não os querem mais
Esses velhos já foram queridos
E para os filhos foram heróis
E agora nada podem fazer
Porque a velhice os destrói
Torna um estorvo para a família
Sem amor, quase é jogado fora
Coloca no asilo e dizem:
Que todos os dias vem visitá-los
Mas foram só pra colocar eles pra fora
Muitos ainda esquecem
Que logo chegará as vossas horas
Vão chorar amargamente
Lembraras do pai ausente
Agora chegou sua hora
Filho ingrato, oque fizestes?
Que até nosso Senhor chora.
Didi Maria Moretto.