Um dia, isso, no outro, aquilo
Um dia, triste, no outro, alegre.
Um dia, solidão, no outro, companhia.
Um dia, entende, no outro, confunde.
Um dia, chora, no outro, sorrir.
Um dia, canta, no outro, diz.
Um dia, ama, no outro, odeia.
Um dia, trabalha, no outro, descansa.
Um dia, ira, no outro, harmoniza.
Um dia, magoa, no outro, perdoa.
Um dia, elogia, no outro, critica.
Um dia, ajuda, no outro, alega.
Um dia, vitória, no outro, derrota.
Um dia, vibra, no outro, esmorece.
Um dia, sabe, no outro, ignora.
Um dia, paz, no outro, guerra.
Um dia, reza, no outro, blasfêmia.
Um dia, pede, no outro, agradece.
Um dia, fé, no outro, descrença.
Um dia, levanta, no outro, cai.
Um dia, fala, no outro, emudece.
Um dia, ouve, no outro, surdez.
Um dia, incentiva, no outro, desmotiva.
Um dia, estuda, no outro, esquece.
Um dia, aprende, no outro, decora.
Um dia, preguiça, no outro, realiza.
Um dia, medo, no outro, coragem.
Um dia, aplaude, no outro, vaia.
Um dia, erra, no outro, acerta.
Um dia, vai, no outro, chega.
Um dia, produz, no outro, reproduz.
Um dia, escreve, no outro, ler.
Um dia, cria, no outro, imita.
Um dia, grita, no outro, sussurra.
Um dia, planta, no outro, colhe.
Um dia, bate, no outro, apanha.
Um dia, inspira, no outro, bloqueia.
Um dia, pula, no outro, anda.
Um dia, saúde, no outro, doença.
Um dia, juventude, no outro, velhice.
Um dia, nasce, no outro, morre!
E assim...
Passamos por tudo...
Numa só vida!
Luzineide Ribeiro da Silva, segunda, 25 de novembro de 2013.