Saudades de Sophia
Quisera fosse como uma lei física,
Palpável, sem que abstrações furtem,
Quanto mais baixa o nível da música,
Mais sobe o volume dos que a “curtem”...
Acho que há mais marujos no périplo,
Plenitude é sóbria, ausências gritam;
Pois, quanto mais baldio está o cérebro,
Mais encena que muitos lho habitam...
Compensar lapsos é patologia psíquica,
A insegurança acossa eventual ator;
Ao invés de ouvir a voz da auto crítica,
Tenta ludibriar sempre o espectador...
Cativeiro imposto como uma droga ilícita,
Propicia que maus instintos governem;
Entorpece o senso de forma explícita,
Para que no verão, neurônios hibernem...
Sophia discursa em seus olhares tácitos
pois, não consegue disfarçar sua tristeza;
Lembra de idos tempos, lugares plácidos,
Quando muitos filhos circundavam a mesa...