Os culpados

Nem tudo é fortuito, ou, acontece,

Como se o fado dirigisse sozinho;

Mas, cada boa ação é uma prece,

Que Deus a recebe com carinho;

Então forjemos hoje futura messe,

Lançando sementes de pão e vinho;

tendo culpa, pelo lírio que floresce,

não, torcendo pela culpa do vizinho...

A confusão engendrada em Babel,

Era Deus querendo por um freio;

Nos intentos de uma geração revel,

Que decidiu ignorar de onde veio;

Mas, após o advento do Emanuel,

Só se confunde que escolhe o feio;

invés de laborar para produzir mel,

como zangão, come do mel alheio...

É ver os agitos, do mundo moderno,

e o que, cada desocupado apronta;

Destrói frutos do duro labor alterno,

Querendo ser livre liberdade afronta;

fantoches de manipulador externo,

Que rouba, para pagar essa monta;

Deus não enviará nenhum ao inferno,

porém, estão indo, por própria conta...