LETRA OU ESPADA
Não me diga o que há
Se não há outro jeito é o bastante
Pois nada que eu disser vai apagar
Prefiro o teu silêncio angustiante
Não me alimente em estratégia
Se engordo porém em cativeiro
Pois não posso sorrir se é tragédia
Prefiro te falar como Caeiro
Não me venha com engodos traiçoeiros
Se de falso já me basta o existir
Pois o meu arsenal é o tinteiro
Prefiro a incerteza do porvir
Não me tolha o direito de escrever
Se poesia me negarem não sou nada
Pois a vida me ensinou a perceber
Prefiro o fio da letra ao da espada