13.01.2013 Adeus medo
Então um belo dia o vento
Derrubou a casa que já estava vazia
Que aos poucos desmoronava
Nada mais respondeu do escuro
A ansiedade que era patologia
Tornou-se fútil
E percebi que o sol nascia
Todos os dias
De novo
Mesmo que eu não quisesse
Mesmo que ele não queria
E o que tiver de ser sempre será
A não ser que mude o destino e a forma de sonhar
Mas o que tinha para acontecer
Acontecerá!
E se o vento quer soprar
Ele irá soprar!
Não tenho medo mais do amanhã
A dádiva está no hoje
E vou subindo aos poucos
Mesmo que demore anos...
E o silêncio que ontem cobria minha face
Tornaram-se reis mortais
Como outros milhares
Que chora e sofre
Como qualquer um
Nasci e morre.