Amante de Freud.
Amante de Freud.
A vida tem dessas coisas.
Que encanta o coração.
Mas destrói a razão.
Lacan já tinha refletido.
Nietzsche encontrou.
A própria loucura.
Ao apaixonar por Andreas.
Não foi diferente com Freud.
O mundo do amor.
Que leva a ternura.
Mas perde-se na paixão.
Um gênio desejando.
Decifrar a lógica.
Do inconsciente proibido.
Dividiu o cérebro.
Em três áreas distintas.
O ego onde reside
A genialidade.
De uma cabeça privilegiada.
O superego que controla.
A lógica do proibido.
E o inconsciente.
Que manifestam os desejos.
Irreconciliáveis.
O mundo de Freud.
A vida toda falou de sexo.
Mas sempre frustrou.
Com a mulher amada.
Dessa forma.
Viveu o pai da psicanálise.
Até que num determinado.
Momento encantou-se.
Com a irmã.
Da sua própria esposa.
Viveu a realidade da fantasia.
E definitivamente.
Enlouqueceu-se pelo.
Sexo.
Reencontrou-se.
Com a doçura.
Que antes nunca teria.
Tido.
Minna, Minna.
A mulher dos seus sonhos.
Pobre Martha, sua ilustre irmã.
Reconhecendo a infelicidade.
Do marido querido.
Resolveu fechar os olhos.
E também desejava.
Fazer a sua irmã feliz.
Minna sem opção.
Uma mulher culta que encantava.
Com a sabedoria do cunhado.
Pensou proporcionar ao mesmo.
A mais plena alegria.
Desse modo realizou-se.
O mais doce afeto.
Residindo na casa.
Do rei da Psicologia.
Desempenhou o real papel.
Da mais encantadora.
Amante.
Freud achava bonita.
Inteligente e afável.
Sentia por Minna.
Muito afeto.
E em grandes momentos.
O mais sublime amor.
Com a permissão da esposa.
Ele discutia com a mulher.
Amada.
Suas teses sobre o inconsciente.
Freud naturalmente ateu.
Sabia que não existia o pecado.
Que era fundamental a realização.
Do instinto.
Já que não tinha o mesmo pela esposa.
Freud, Freud, viveu a idealização.
Em sua moradia.
Enquanto tentava desenvolver.
Suas teorias a respeito do sexo.
Minna quando chega à residência.
Dos Freud.
Encontra intenso afeto.
Por parte da irmã e dos sobrinhos.
Um mundo de encanto e sabedoria.
A doçura de Freud lhe levava a ternura.
Noites inteiras do mais puro prazer.
Além de encontrar a idealidade.
Realizava o afeto da sua vida.
Lamentava ter que trair.
A irmã que amava.
Mas o destino estava prescrito.
Freud era um fascínio de homem.
Encantava a sua sensibilidade.
Não tinha como deixar de realizar.
A grande paixão.
Além de gênio.
Desenvolvia o intelecto.
Da mulher amada.
Que sempre cultivou interesse.
Pela arte e pela psique humana.
Estava diante do seu grande mestre.
Não tinha como não dar a ele.
O que tanto precisava.
Freud apaixonou pela cunhada.
Que fazia da sua casa.
O seu próprio lazer.
E oportunamente.
Realizava-se sua harmonia.
Minna era bonita.
Sensual.
E sabia fazer o gênio.
Perder a própria razão.
E não foram poucas noites.
Do mais elevado afeto.
Uma mulher que antes tinha.
Desiludida no amor.
Poderia agora viver.
A ilusão.
Freud encontrou sua salvação.
Não vivendo mais apenas.
O seu mundo.
Repleto de teorias sexuais.
A prática fez parte.
Da sua empiricidade.
Freud amava tão somente Minna.
Recusava plenamente o afeto da esposa.
Foi à salvação da sua desilusão.
Um casamento sem perspectiva.
Martha sabia da realidade.
Melhor Minna.
Que suas alunas.
A irmã chegou à boa hora.
O casamento pode ser salvo.
A família não seria exposta ao público.
E tudo que Freud procurava.
Encontrou dentro da sua própria casa.
O amor ardente.
Não podia mais ser ignorado.
Freud voltou a ser feliz.
E sua cunhada maravilhava.
Dando a ele.
O mais elevado.
Encantamento.
Delírio, delírio.
Amor e traição.
Ficção e realidade.
Misturavam-se.
A fantasia de uma mulher.
Inesquecível.
Freud dava as duas mulheres.
Privilégios.
Mas a amante muito saber.
Epistemológico.
Explicava a Minna.
Com muito carinho suas teorias.
Em processo de construção.
Amante enlouquecia com seu saber.
Certa vez disse a Freud.
É um privilegio.
Ser a mulher de um gênio.
Vangloriava de poder amá-lo.
Na intimidade entre eles.
Martha silenciosamente permitia.
A realização da utopia entre.
Os amantes.
Uma fotografia de mulher inesquecível.
Fazia Freud querer viver a eternidade.
Minna com encantamento e beleza.
Procurava com doçura o amor.
Brilhava como uma estrela.
Cheia de luz.
Presa ao infinito.
Uma mulher que sonhava ser.
A própria esposa de Freud.
O que não era possível.
Não existia outra perspectiva.
A não ser o esforço em conciliar.
O carinho pela sua irmã Martha.
O obsessivo desejo que tinha.
Pelo doutor em sabedoria.
O gênio a sua disposição.
E foi desse modo à realização do afeto.
Entre ambos até a morte.
Martha soube entender tudo.
Preferiu que o amor.
Realizasse entre família.
Sabia que Freud iria lhe trair.
Preferiu que o seu desejo.
Fosse dado a própria irmã.
Realizando desse modo.
O sorriso da felicidade.
Edjar Dias de Vasconcelos.