FRUTO DO ACASO

Quando me sinto sozinho,

procuro na poesia,

um acalanto, um carinho,

um pouco de fantasia.

Quando me sinto sozinho,

nos versos tenho companhia.

Eles dão sempre um jeitinho

de enfeitar o meu dia.

Quando me sinto sozinho,

busco, nas rimas, quem sou.

Nelas, vejo o meu caminho,

que o acaso desviou.

Quando me sinto sozinho,

chamo pelo coração.

Ele suspira baixinho,

se queixa da solidão.

Agora são dois solitários,

vagando pelas poesias.

Delicados relicários,

envoltos pela nostalgia.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 08/11/2013
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