MUSEU DA INCONFIDÊNCIA

São palavras no chão
e memória nos autos.
As casas inda restam,
os amores, mais não.

E restam poucas roupas,
sobrepeliz de pároco,
A vara de um juiz,
Anjos, púrpuras, ecos.

Macia flor de olvido,
sem aroma governas
o tempo ingovernável.
Muros pranteiam. Só.


Toda história é remorso.

(Carlos Drumond de Andrade)
Carlos Drumond de Andrade
Enviado por Mauro Martins Santos em 06/11/2013
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