Te dei bola ...
Bola demais
Que só foi escanteio.
Insisti cegamente
Achando que era minha a bola da vez
Mesmo assim,
Virou dono do jogo.
Nem senti suas rasteiras,
Nem tão pouco suas pisadas
E todo seu jogo sujo.
Que orgulho mais tolo o seu
Procurando jogar sempre no ataque
Sem deixar eu me defender.
Pois bem,
Fiquei esperta!
Chegou a hora da vingança.
Vou dar minhas cotoveladas,
Chutar suas canelas,
Te derrubar sem perdão algum.
Melhor você se defender
Sou capaz até de golpe baixa
Nessa altura do campeonato!
O azar é todo seu
Se nenhum bandeirinha denunciar!
Não foi apenas rebaixado
Foi direto pra terceirona!
Sendo assim
Vou pegar o que é meu
Por que voltei a ser
A dona da bola ...
Dona da minha própria estória também.
Não quero mais jogar
Com nenhum vira casaca,
Nem tão pouco perder.
Cansei do sufoco e desespero
Sempre entregando o jogo
Nos últimos minutos do 2° tempo.
Pior eram as prorrogações
Melhor parar por aqui
Pois não penso em ir aos penais,
JAMAIS!
Só quero a minha bola
Mesmo que remendada e surrada
Pra jogar num campo novo
Sem buracos tapados
Com linhas
Que definem muito bem o território
Para os novos jogos que virão.
Travas com rede forte
Pra segurar a minha bola toda.
Na certa marco logo de cara um golaço
Daí é só correr pra torcida
Pra encher minha bola de vez!
OBS: Como todo bom brasileiro, também adoro um futebolzinho e dramalhão mexicano. Juntei o meu drama que superei e no embalo do brasileirão me inspirei pra exorcisar um FDP de um corintiano que me fez perder tempo precioso demais. Vambora! Que o tempo tá curto demais pra chorar pitangas! E viva o Cruzeiro que arrazou esse ano de 2013 que realmente não era pra peixe, nem pra galo ou nenhum alvinegro ou tricolor!