A Raiva Por Escrever

Choro o fato da caneta reencontrar o papel

E não escrever o que um dia quis tanto que escrevesse

Amor e apenas a calma da harmonia

Ao invés da mesma interrogação pertinente

Pleonasmo é a palavra “mesma” em meus textos

Precocemente anexada de forma indesejada em minha vida

Na raiva de ter que escrever isso tudo de novo

Nas mãos doloridas de uma lista cansada

Como completar textos e acabar músicas depois de tanto tempo?

Como voltar sem saber se realmente quero escrever?

Como continuar vivendo se os fantasmas ainda assombram?

Como aprender a esquecer e gostar de você...?

As linhas e o azul ainda estão aqui

Teimando minha barriga, meus olhos, minhas mãos

Minha triste curiosidade e vontade de falar

E a repulsão maligna me faz... Escrever

Eu escrevo, pois preciso escrever, mesmo que não queira

Escrever o relato, o sentimento, o fato histórico

Poesia nada mais é o ato ou efeito do momento em que o coração pede pra falar

E da forma mais dolorosa e corriqueira, você sede este espaço, mesmo depois de meses

Pois as vezes para esquecer algo ou alguém, a melhor maneira é por pra fora logo

As vontades, dúvidas, raivas e conceitos

Mesmo que não seja pra ninguém

Mesmo que seja só pra você

Ainda espero o dia da explosão

Em que a jade vem e padroniza tudo

E haja pouco motivo pra escrever, se não a alegria

Não, isso não faria de meus textos a mesma chatice

Muito pelo contrário

Buscaria novos horizontes, análises, filosofias

Tudo gerado pela paz estável

Isso, se meu coração instável permitir

Ora se os pseudônimos não têm a mesma letra...!

Quero rir disso o quanto antes

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 06/11/2013
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