INDAGAÇÕES
Pode-se ter saudade
do que nunca se teve,
de onde nunca se foi,
de quem nunca se viu,
do que não se viveu?
Pode-se querer o inimaginável,
Sem ao menos saber o que se quer?
Pode-se desejar ardentemente
ser alguém diferente do que se é,
Sem saber quem, nem por quê?
Pode-se ansiar pela liberdade total,
Querer voar sobre as nuvens,
Sabendo-se preso ao irremediável cárcere da vida?
Como seria colher a flor com perfume eterno?
Contemplar para sempre o arco-íris?
Vislumbrar além do infinito?
Por que tantas perguntas?
Quem tem as respostas?
Quando?