TRIGONOMETRANDO
Os trilhos paralelos do papel
Eterno desafio algoritmo
Escuto o engenho do cérebro qual tropel
De corcéis que pelejam alcançar o ritmo
Curvas adiante parecem inevitáveis
Como se o destino em testes infindáveis
Me quisesse ao solo ensanguentado
Luto em desespero centrifugado
Tangente vencida alívio conquistado
Tempo de acelerar longa corda
Ganhar velocidade alguém me acorda
Giro reinicia estou rearmado
Batalhas mal findas esforço recomeça
Não dormi ainda vem-me a peça
Corro insone às linhas do tecido
Gravando as marcas do luto mais sentido