TRIGONOMETRANDO

Os trilhos paralelos do papel

Eterno desafio algoritmo

Escuto o engenho do cérebro qual tropel

De corcéis que pelejam alcançar o ritmo

Curvas adiante parecem inevitáveis

Como se o destino em testes infindáveis

Me quisesse ao solo ensanguentado

Luto em desespero centrifugado

Tangente vencida alívio conquistado

Tempo de acelerar longa corda

Ganhar velocidade alguém me acorda

Giro reinicia estou rearmado

Batalhas mal findas esforço recomeça

Não dormi ainda vem-me a peça

Corro insone às linhas do tecido

Gravando as marcas do luto mais sentido

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 03/11/2013
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