LUSCO-FUSCO

Busco, nada me consola

Esmola, me humilha, faz pior

Dó, esta me incomoda demasiado

Cansado, deste vai e vem lusco-fusco

Preso aos ardis constantes

Cambaleantes, pernas que me levam

Nevam, pelos de minha fronte oscilante

Errante, desesperado com teu desprezo

Choro, preocupações vãs e fúteis

Inúteis tentativas torpes doloridas

Feridas, insígnias gravadas, sem jeito

Leito, pra só descansar o desdouro

Vôo, pra te aliviar deste vate

Bate, a cantarolar novo enredo

Medo, já não tenho mais, liberdade

Saudade, te quero de novo, perdôo

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 03/11/2013
Reeditado em 13/06/2014
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