Alma de artista

Sentada à mesa de jantar,

Em frente aos restos de uma pizza queimada.

Na televisão, um programa de comédia antigo.

Piadas velhas, mas que, sabe-se lá por que, ainda trazem o riso.

Sobre a mesa há lápis e folhas de papel em branco.

Há rabiscos sobre o piso.

Sob a mesa, uma velha cadelinha dormindo.

Os sons preenchem o espaço,

Mas tudo parece quieto e solitário.

“Alma de artista é assim mesmo”,

Ela pensa, “sem sentimento não há arte”.