Um pouco tudo de mim

Não é que eu carregue em mim descrença,

Nem o descuido de quem pouco pensa...

Sei que o mundo parece satisfeito

Com isso de cada pessoa do seu jeito.

Vejo a coisa a distância

Mas não dou a tudo a mesma importância.

Os que trilham caminhos sem carinhos;

Os de cara ao vento arrastando tormentos;

Além é claro, dos eleitos, risonhos, satisfeitos;

E dos solitários com os seus rosários, calvários...

Meu caso? não é nem um pouco assim chinfrim.

Não falo de dor, amargura,

Pois sei muito bem o que me cura,

Pra umas coisa inda não morri

Mas é certo que muito, muito sofri...

Não falo como os que acho loucos

Que são muitos e não são poucos.

Ser sentimental!

Talvez seja meu mal,

É algo que está assim

E tem lugar sabe onde?

Cá bem dentro de mim.

É mesmo coisa de pessoa esteta,

Que tem nada, nada mesmo de atleta,

Mas é bem tentado

E que foi levado a viver poeta.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 31/10/2013
Código do texto: T4549981
Classificação de conteúdo: seguro