Um pouco tudo de mim
Não é que eu carregue em mim descrença,
Nem o descuido de quem pouco pensa...
Sei que o mundo parece satisfeito
Com isso de cada pessoa do seu jeito.
Vejo a coisa a distância
Mas não dou a tudo a mesma importância.
Os que trilham caminhos sem carinhos;
Os de cara ao vento arrastando tormentos;
Além é claro, dos eleitos, risonhos, satisfeitos;
E dos solitários com os seus rosários, calvários...
Meu caso? não é nem um pouco assim chinfrim.
Não falo de dor, amargura,
Pois sei muito bem o que me cura,
Pra umas coisa inda não morri
Mas é certo que muito, muito sofri...
Não falo como os que acho loucos
Que são muitos e não são poucos.
Ser sentimental!
Talvez seja meu mal,
É algo que está assim
E tem lugar sabe onde?
Cá bem dentro de mim.
É mesmo coisa de pessoa esteta,
Que tem nada, nada mesmo de atleta,
Mas é bem tentado
E que foi levado a viver poeta.