Queremos a ficção
Ficção
As crianças correm e brincam pelas ruas,
se sentem seguras.
Os cães repousam no sol,
com garotos na rua jogando futebol.
Os passarinhos voam juntos,
por todos os cantos.
Sorrisos por todos os lados são soltos,
não há dores nem tormentos.
Os portões das casas não são trancados,
nem mesmo dos afortunados.
Não tem chuva que cause preocupação,
não existe maldade no coração.
Na sociedade todos são unidos,
são certamente decididos.
A vida se faz perfeita,
parece como tempo de boa colheita.
Realidade
As crianças madrugam nas ruas para tentarem brincar com segurança],
tomam conta dos anjinhos a vizinhança.
O cão parado ao sol não consegue nem se mover,
é maltratado não tem ninguém a se comover.
Os passarinhos voam acompanhados neste ar poluído,
dos carros para a atmosfera o fluído,
do gás sem forma que não é impedido.
Os sorrisos falsos são de agonia,
indivíduos vivem a monotonia.
Há cadeados em todas as fechaduras,
por medo, preocupações e amarguras.
Até a chuva é calamidade,
pois não há renda suficiente para o bueiro que impediria que alagasse a cidade].
A sociedade está desunida,
sem saber o que fazer, desesperada, não a vejo aguerrida.
Se ainda há esperança,
vamos população, atrás da sonhada mudança.