CRIAR DORIDO

CRIAR DORIDO

Sigo tentando, a mente não para

Quedo engulhando, coração dispara

Vou soluçando, a dor que não sara

Volto lambendo, a ferida ignara.

Já embalado, estaco de novo

Inda enojado, o esterco revolvo

Antes calado, me entrego à magia

Agora cansado, me volta a agonia

Verso que voa, poesia mofina

Peito ressoa, furor que lancina

Bálsamo frio, torpor de morfina

Alívio final, já cumpri minha sina

Tentei parar, continuei embalde

Insisti rimar, consegui mais dor

Resolvi deixar, ressenti saudade

Desatei chorar, encontrei amor

Stelo 07ago2011

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 27/10/2013
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