CRIAR DORIDO
CRIAR DORIDO
Sigo tentando, a mente não para
Quedo engulhando, coração dispara
Vou soluçando, a dor que não sara
Volto lambendo, a ferida ignara.
Já embalado, estaco de novo
Inda enojado, o esterco revolvo
Antes calado, me entrego à magia
Agora cansado, me volta a agonia
Verso que voa, poesia mofina
Peito ressoa, furor que lancina
Bálsamo frio, torpor de morfina
Alívio final, já cumpri minha sina
Tentei parar, continuei embalde
Insisti rimar, consegui mais dor
Resolvi deixar, ressenti saudade
Desatei chorar, encontrei amor
Stelo 07ago2011