CIBER TROVA
Falta-me a textura do branco
Sem tinta, sem sangue,só morte
vazio, vasculho o meu banco
Em círculo procuro mais sorte
Teclado se mostra e some
Pavor digital me consome
Querer corrigir não tem jeito
Igual a cinzir o meu peito
O frio cristal me convida
A pena por dedos trocados
Desordem, papeis espalhados
Agora só mesmo na vida
Baixei, a cabeça em verso
Configurar o amor, inútil
Arquivei lembranças, qual fútil
Chorar digital perverso