Mares da existência
No balanço das águas desse mar
Que algumas pessoas alcunham de "Vida";
O barco balança no ritmo das águas,
Balança no balanço caótico da vida.
Esse barco é o presente em que vivemos.
Que é tão sofrido, tão castigado pelas águas passadas;
Passadas de um passado, que às vezes tão passageiro foi...
Mas passageiros somos nós desse cruzeiro.
Que, por mais que tentemos alterar seu rumo,
Por mais que construamos remos e lemes,
Ele sempre seguirá em direção à rocha
Que vai rachar-lhe o casco
E o desfazer nas águas de um outro mar:
O da morte.