Ponteiros da Vida
Vida, efêmera vida,
gota a gota vem esgotando.
Assim como as lágrimas,
que em meu rosto vem lavando.
Andando sem rumo e esperança,
sangrando, de tanto andar, está meu pé,
Nostalgia da despreocupada infância,
quando, na vida, ainda tinha fé.
Ainda caminho por qual motivo?
Não sei para onde vou,
nem mesmo meu objetivo!
Oh! Quão miserável sou?
Não me lembro dos iluminados dias,
dias em que meu mundo ainda cinza não era.
Agora só são superficiais as alegrias.
Meu coração é uma negra esfera.
Nessa hora escura tremo,
com a minha lúgebre alma.
À própria vida temo,
A brisa da noite me acalma...
Sobre a luz da lua me vejo,
Foram anos e anos de estrada,
e não realisei nenhum desejo.
nem mesmo um pouco de cada.
Tão rápido passa o tempo,
que nem mesmo vemos o ponteiro.
Preocupados com o roteiro,
Nos tornamos um ser lento.
Quantos passos conseguirei dar,
até a minha vida acabar?
Não quero olhar para o passado,
e ver que fui apenas um condenado.