NAS ENTRELINHAS

Deixo, pelas entrelinhas,

o que não devo contar.

Tantas verdades só minhas,

sonhos a realizar.

Deixo pelas entrelinhas,

desejos, no peito, trancados.

Tantas vontades só minhas,

horizontes nublados.

Deixo pelas entrelinhas,

o que esquecer não consigo.

Tantas saudades só minhas,

em cada uma delas, me abrigo.

Deixo pelas entrelinhas,

um pouco do muito que sou.

Tantas metades só minhas,

Poeta que, nelas, se achou.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 19/10/2013
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