O VELHO
O velho seguiu a estrada lentamente
O velho seguiu a estrada lentamente
apoiado na sua inseparável bengala,
na mente, as lembranças da infância,
nada recente, seus medos e receios
espantava, conversava alto consigo
pra não sentir-se sozinho, a estrada
deserta, era o caminho sem volta,
a visão cansada apenas conduzia um
corpo curvado, apoiado pela bengala,
não tinha parentes, amigos, não tinha
nada, ninguém para ouvir suas falas,
nem as histórias de vida que tinha,
o velho triste tropeçando na jornada
sentiu alguém tocar no seu ombro,
a voz suave dizendo: "chegou a hora"
o velho deixou a sofrida estrada...
o velho deixou a sofrida estrada...
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