Delírio poético

Quem dera eu fosse um bom arauto da alegria

Pois a mim já conforta alguns pingos de poesia

Minha trajetória?

Está longe demais da glória!

Repara,

Que tem algo de rara!

Vivo disperso,

Em quimeras imerso,

Ouço do meu e de outros corações

Palpitações

Quero sarar qualquer dor

Se preciso for!

Quem sabe essa emotividade

Mitigará minha insanidade...

Saiba amigo

Não ignoro o perigo

Cuidado também tu com o que dissete, com o que fizeste.

Acaricia a tua lembrança de um tempo bom de criança

Eu inda revejo antigos lugares

E cores soturnas de outros luares

Lembro de passarinhos

Planando seus caminhos

De chuvas a pingar

Gotas de musicar.

Esse meu martírio!

Será somente um delírio?

Não sei, vou assim,

Sem pensar no fim

Nem no que há além da minha janela!

Se um sorriso de menina moça

Ou uma pobre aquarela?

Talvez seja assim,

O meu, o seu fim,

Uma expectativa,

Viva

Como de sonho

Bisonho?

Ou um esplendor

de algum belo e puro amor!

Seja como for,

Nada, me inspira terror,

Mas pressinto amigo,

Um grave, um grande e iminente perigo.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 14/10/2013
Código do texto: T4524715
Classificação de conteúdo: seguro