Ainda bem...
Ainda bem que não consigo parar
Parar pra pensar no que devo fazer
Pelo que não conquistei
Pelo medo que tive
Pela insegurança impregnada
Pela tristeza disfarçada
Ou pelo que vá acontecer
Ainda bem que não consigo parar
Pra pensar
No que acabei de pensar
Ou em que esses versos vão dar
Na probabilidade, ou na proporção
Na repercussão, ou na imensidão
Dos atos, palavras, sentimentos
Ou em cada passo que eu vou dar
Ainda bem que não consigo parar
Pra pensar
Na doença que tenho
Ou se vou parar agora
Na minha pele espinhosa
Ou na pele enrugada
Se a vida é seria ou engraçada
Ainda bem que não consigo parar
Porque se eu for pensar
Não vai chegar em nada
Vai ser tanta coisa embaralhada
Vai ser o mesmo que esses versos