FIM NUCLEAR
FIM NUCLEAR
Não vivo
Sobrevivo
Às artimanhas
Insanas de
Um sistema
Que me aliena
E faz de mim
Um pobre coitado
Um assalariado
Ou pior ainda
Um desempregado
Que vive nas ruas
Como ambulante
Ou mendigo
Implorando as
Últimas migalhas
De uma sociedade
Já podre pela
Sua maldade
Já imunda
Pela sua mediocridade
E que só espera
Ver tudo acabar
E aos risos
E gargalhadas
Ser destruída e
Estraçalhada pelo
Fim nuclear