Eu e a viola

Trinta e dois anos cantei

Por todo sertão carente

Ao som da viola bela

Cantei sublime repente

Traduzindo sentimento

Da nossa querida gente

Hoje bem longe do povo

Eu sinto imensa saudade

Dos lugares que cantei

Com tanta sinceridade

Fazendo versos bonitos

E muito mais amizade

Do cenário da viola

Eu tenho recordação

Das cantorias que fiz

Dos casebres do sertão

Para o sertanejo amigo

Gente do meu coração

No sertão fui acolhido

Pela nossa gente boa

Eu cultivava o respeito

Para cantar minha loa

Sendo também respeitado

Por quase toda pessoa

Neste cenário poético

Eu fui bastante feliz

Cantando pro camponês

Descrevendo seus perfis

E criticando as misérias

Deste nefando país.

Eu não consigo esquecer

o meu sertão nordestino

proscenio que me prendeu

desde o tempo d emenino

para eu cantar de improviso

a vida do campesino

poema de Antonio Agostinho, ex-repentista e hoje homem dedicado às letras.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 23/09/2013
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