NO BANCO DA PRAÇA

Cai a noite escura e a madrugada emergindo

O frio intenso ressaindo, não me deixa sossegar.

Os meus sonhos na escuridão vão se sumindo

E no novo dia, desistindo, não saberei onde estar.

Na praça, ainda pela manhã,vou pedindo,

Mãos espalmadas vão surgindo para abendiçoar.

E no corre-corre as pessoas vão se indo, escapulindo

E às vezes deixam uma moeda para me acalentar.

Já não vou como outrora iria; alegre, sorrindo.

Todo dia! O dia todo é muito triste meu penar.

Cada dia pouco a pouco, na agonia, desistindo.

Para que lutar? Para que buscar? Devo batalhar!

Se direitos não tenho logo me dizem: vá partindo,

Vá saindo, vá sumindo, vai procurar outro lugar.

Meu coração espantadiço, ressentido vai sentindo.

Para aonde vou, onde deverei repousar?

José Luciano
Enviado por José Luciano em 15/09/2013
Código do texto: T4482828
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