Às 18h

Pessoas passam como terremotos.

Atingem-me com seus pensamentos,

Viagens individuais,

Que se dissolvem no ar,

Misturam-se com a neblina

E o barulho dos automóveis.

Meus ouvidos estão atentos

Embora meus olhos tentem fugir,

Procuram o menor espaço por entre os corpos

- que se batem e se chocam.

Permanecem intactos

Embora desmoronem.

Eu procuro por rostos comuns,

Mas encontro fome em seus semblantes.

Vejo corpos se dissolvendo pelo asfalto seco,

Vejo nossa voz perdida dentro da multidão,

Os meus olhos desesperados

Refletidos na pupila de desconhecidos.

Encurralamo-nos.

http://pensando-emvozalta.blogspot.com.br/2013/09/a-18h.html

Louise Hammer
Enviado por Louise Hammer em 14/09/2013
Código do texto: T4481919
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