As rugas...
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Que me surgiram na pele,
todas elas, só me fizeram bem...
São caminhos, trilhas;
experiências que os mais jovens,
nem todos, alcançarão.
Quando os sulcos da minha face
roubam olhares furtivos;
Quando outros me olham...
Sinto que a velhice apavora.
Seria o medo da morte prematura?
Quão abençoada é a vida!
Convivi com muitos medos.
Apanhei, é verdade, arranhei-me...
Sofri, sorri, perdi, ganhei. Esbravejei!
Sem nunca, entretanto, deixar de tentar.
Hoje, ao me cair na mão
outro de muitos brancos cabelos,
suavizo a queda com novo sorriso.
Ao meu redor, desesperançados,
jovens buscam alento, apavorados...
Observo lindos jovens
– a tenra idade é cais de beleza.
Nos olhares, todavia, o medo.
Medo de serem felizes. Coitados!
Não sabem que a vida é um triz.
Tenho o corpo cansado...
Algumas ranhuras me macularam demais!
Fixo o olhar no passado.
E, prendendo o semblante nas alturas,
sinto alento que me arrebata e apraz.
Olhem! Alguém se aproxima.
Observa e me fascina...
Dóceis palavras, gestos sutis;
e meu corpo, fragilizado,
absorve tudo o que Ele me diz.
Juazeiro do Norte-CE, 10 de Setembro de 2013.
13h26min
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