CULTURA DA LOUCURA
Ele cercou o seu mundo
Ele prefere ficar longe de tudo
Ele enclausurou sua sanidade bem fundo
E do seu jeito torto ele indiferente prossegue
E mesmo sendo impossível ele não se maldiz
Longe dos problemas de gente grande e pequena
Ele tem alma serena
E desperta escassa pena e risos fartos
Ele, a antítese do normal
Foge da estética e desconhece a ética
E assim segue sua jornada ingrata
Seu idílio frívolo e insólito
Sua rota torta e imposta
E seu olhar inerte a nos observar e provocar
O que será que se passa naquele olhar inerte?
Talvez ele se pergunte: a razão de existir tantos loucos no mundo?